quinta-feira, 6 de setembro de 2018

QUE BOLSONARO SE RECUPERE. E EVOLUA.

Como quase todos, passei o dia acompanhando o inaceitável ataque ao candidato Jair Bolsonaro. TV, sites, jornais, redes, whatsapp... Muita comoção, mas muito mais confusão. Fakes, manipulações, conspirações, teve de tudo.

Por isso esperei até o final do dia para escrever.

Antes de mais nada, é importante dizer que todos nós da Esquerda Brasileira lamentamos a agressão sofrida pelo deputado, da mesma forma que repudiamos todo e qualquer ato de violência política.

O assassinato de Mariele, os tiros contra a Caravana de Lula e os ataques ao acampamento Marisa Letícia, assim como o ocorrido hoje em Juiz de Fora, são fatos que merecem o repúdio de todos que defendem a Democracia no Brasil.

Em segundo lugar, que nós entendemos a gravidade. A coletiva dos médicos, realizada agora a pouco, deixa evidente que o atentado foi real e grave. Torcemos pela pronta-recuperação dele.

No plano pessoal, da sua saúde, esperamos que ele melhore. No plano da política, que ele evolua.

Explico.

Nós, do campo de esquerda no Brasil, somos vítimas da violência há tempos. Foi assim com Prestes, foi assim na Ditadura, tem sido assim nos últimos anos, mais fortemente desde a derrota de Aécio em 2014.

O ódio, a intolerância, o discurso agressivo tem nos atingido - e muito. Já citei aqui os tiros contra a Caravana de Lula e o assassinato da vereadora Marielle. Mas poderia citar muitos, muitos mais.

E diante destes ataques, nós nunca sucumbimos e reagimos na mesma moeda. Sempre insistimos e defendemos um projeto de país que reencontre a tolerância, o respeito e a harmonia. À violência, defendemos a cultura de paz, o direito ao contraditório e a boa convivência entre os diferentes, mesmo que opositores políticos.

Assim, esperamos que o deputado Bolsonaro, hoje vítima da violência, se recupere e reavalie sua pregação política. Não podemos - sejamos petistas, tucanos, socialistas, liberais ou direitistas - reagir à violência com mais violência.

Não é hora de discursos inflamados, de estímulo à conflagração, de metáforas com balas e armas. Quando a democracia é atacada, nossa resposta deve ser mais democracia.

Essa é a nossa esperança. Esse é o nosso compromisso histórico. Essa será a nossa resposta. Esperamos que a dele também.





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