quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

COMO 2 e 2: WAGNER SERÁ ATACADO PELA MÍDIA

Votei em Jaques Wagner em 2002. Em 2006 participei de sua campanha. Em 2010 fiz parte da coordenação. De 2007 a 2010 chefiei as Políticas de Juventude do Governo da Bahia e, desde 2011, trabalho diretamente com ele. Já fui seu assessor e chefe-de-gabinete nas passagens pelo Gabinete do Governador, Ministério da Defesa, Casa Civil, Gabinete Pessoal da Presidência e Secretaria de Desenvolvimento Econômico.

Posso dizer que convivo com Wagner há tempos e, portanto, o conheço bem. Por conhece-lo bem, sei da sua honestidade; pelo tempo de convivência, sei quando está “na mira” dos adversários.

Por adversário não entenda aqui nenhum candidato, parlamentar ou partido, mas sim o complexo político-judicial-midiático.

Vou voltar um pouco no tempo e relembrar a época em que estávamos em Brasília, mais especificamente na Casa Civil de Dilma Rousseff. No início de 2016 as coisas pareciam um pouco melhores para o Governo; o processo de impeachment não havia sido instalado; a economia dava sinais de que reagiria; e a administração federal respirava um pouco, após um ano (2015) de intenso ataque daqueles que articulavam o golpe.

Neste cenário, o então ministro-chefe Jaques Wagner buscava tirar a administração petista do isolamento que se encontrava. De um lado, reativava o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, alinhavando novos atores para integrar o Conselhão nas diferentes áreas da sociedade, como os sistemas financeiro, bancário, industrial; além da Cultura, Educação e os Movimentos Sociais. Na política, discutia com os partidos a conformação de um Colégio de Líderes mais moderado, menos contaminado com as Eleições 2014 e que pudesse ajudar a pensar saídas para a crise no Brasil – para além do Fla-Flu entre quem votou em Dilma ou Aécio.

O prognóstico era bom, as expectativas eram positivas, Wagner ocupava papel de destaque.

E, por isso, merecia ser atacado – segundo o expediente do aparato de mídia que a essa altura, como até hoje, se articula com setores do judiciário para alcançar fins políticos específicos.

E assim ocorreu.

Wagner sofreu um ataque intenso, covarde, sem brecha para qualquer defesa ou para o contraditório, baseado em frágeis ilações (quando muito) ou em mentiras mesmo (maioria das vezes).

Acreditem em mim. Tenho muito vivo na memória este tempo, estes dias, cada manchete, notícia, coluna... Mas só para ilustrar, posto abaixo um extrato de um curto período e de um único veículo. As imagens abaixo são somente do jornal O Estado de São Paulo, entre os dias 07 e 11 de janeiro de 2016. Vou reforçar: recortes de apenas cinco dias de um único veículo. Foi um bombardeio e tanto.

Por que volto ao assunto? É que o Datafolha divulgou ontem pesquisa sobre a corrida presidencial com o nome de Jaques Wagner como candidato do PT, no eventual (e absurdo) impedimento de Lula.

Wagner não será candidato a Presidente. Ele trabalha, faz reunião, visita cidades, conversa, dialoga, discute, dorme acorda pensando na vaga ao Senado pela Bahia. Mas e daí? Se os jornalistas, editores, articulistas e comentaristas da política nacional dizem que ele será candidato a Presidente, assim vão trata-lo. Tratar, não. Atacar.

Como 2 e 2 são 4, após a inclusão de seu nome na referida pesquisa, Jaques Wagner será alvo da “máquina de moer gente”, a grande mídia nacional.

Podem vir quente. Estamos sempre fervendo.