Temer é um traidor. Ponto.
Seu livro de cabeceira deve ser Le Tartuffe de Molière. Nele, Tartufo, se inspira. "O
escândalo do mundo é o que faz a ofensa. Pecar em silêncio não é pecar
totalmente" disse o personagem musa de Michel. E assim Michel faz, confabulando,
tramando, conspirando e traindo em silêncio, na surdina, nas alcovas. Volta e
meia rompe a tradição vaza uma carta, um áudio de WhatsApp. Mas geralmente
segue a regra.
Que traiu Dilma todo mundo sabe e viu. Todo o mundo.
Diz-se em Brasília que estaria, neste instante, traindo seu
fiel escudeiro Eduardo Cunha. Tenho cá minhas dúvidas. Já não duvido da sua
traição a Geddel, Moreira Franco e, principalmente, Eliseu Padilha. Aos três
prometeu “a chefia do Governo”. Na prática, vem esvaziando suas funções,
retirando competências, ceifando poder de decisão.
Hoje, a tal chefia de governo está nas mãos de Henrique
Meirelles. Nele o poder está concentrado – e sempre aumentando. A notícia de que
Temer confirmou ao ministro interino do Planejamento, Dyogo Oliveira, que a
Secretaria de Orçamento Federal (SOF) irá para a Fazenda, é prova disso. Os
jornais já dão, inclusive, o nome da cotada para assumir o orçamento: Ana Carla
Abrão, secretária de Fazenda do Estado de Goiás, por “coincidência”, terra
natal de Meirelles.
Como seu impulso pela traição parece ser incontrolável, as
apostas em Brasília são quando e como o ilegítimo Temer começa a puxar o tapete
do interino Meirelles...
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