Lula já foi condenado.
Foi
condenado quando Moro autorizou aquela absurda condução coercitiva; foi condenado quando o mesmo Moro vazou ilegalmente grampo de uma ligação de Lula
com a Presidenta Dilma; foi condenado, várias e repetidas vezes, por edições
criminosas do Jornal Nacional; e foi condenado, mais uma vez injustamente condenado, com a midiática
coletiva de imprensa do MPF.
Lula voltará a ser um preso político.
O ato-falho de Dallagnol e companhia - “não temos provas
cabais, mas temos convicção” – é uma confissão de que Lula, após cumprir prisão
política na Ditadura Militar, voltará a essa condição no Brasil pós-Golpe, o
Brasil da Lava-Jato e de Michel Temer.
Os termos usados pelos promotores anteontem – coisas do tipo
“comandante máximo”, “propinocracia” ou “não dá para Lula dizer que não sabia” –
passaram do ponto e obrigaram articulistas, colunistas e golpistas em geral a
sair correndo a desmentir ou relativizar as declarações dos procuradores. Mas,
insisto, tanto os deslizes dos promotores que se meteram a fazer política, como
a tentativa de correção do fato pelas oligarquias de comunicação que fazem
política desde sempre, são apenas mais fortes indícios de que Lula já foi condenado e
será novamente um preso político.
Disso temos provas, e não apenas convicção.
Daí porque me alio àqueles que defendem que Lula deve
mostrar ao país e ao mundo que a denúncia de ontem, bem como a campanha de difamação
de sua imagem, tem caráter persecutório, parcial e ilegal.
Está claro que é um golpe contra a democracia brasileira que
passou pela queda de Dilma, busca a criminalização ou mesmo a extinção do
Partido dos Trabalhadores e a inviabilização da candidatura de Lula em 2018
através da prisão.
Isso deve ser dito nas salas de aulas, nas portas de
fábrica, nas praças, ruas e redes, mas também deve ecoar nos corredores da OEA
e nos gabinetes da ONU.
Se cassar Dilma através de um impeachment sem crime de
responsabilidade foi golpe, o que dizer de prender Lula sem provas, apenas por
convicção?
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